Dicas para o uso correto da chupeta

Tudo o que precisa de saber para uma utilização correta e consciente da chupeta

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É sabido que a sucção não nutritiva, instinto natural do recém-nascido já presente antes do nascimento, realizada através do uso da chupeta, pode ser considerada parte essencial da experiência oro-motora do recém-nascido e tem efeitos positivos na saúde do bebé no primeiro período de vida. Vamos agora ver juntos quais as dicas e sugestões a seguir na hora de usar chupeta para garantir o bem-estar e saúde do bebé.  

1. Introduzir a chupeta à amamentação bem encaminhada

Em bebés amamentados, é uma boa ideia introduzir a chupeta só após o início da amamentação. Uma amamentação bem estabelecida pode ser introduzida como tal na presença de: 

  • Uma fixação correta e eficaz da mama; 
  • Produção adequada de leite pela mãe; 
  • Aumento de peso regular. 

 Não há indicações especificas de tempo, uma vez que um bom início de amamentação pode variar muito para cada mãe-bebé, de alguns dias até algumas semanas. Também é aconselhável, até aos 6 meses de idade, incentivar e apoiar a amamentação sob demanda e exclusivamente, lembrando de não usar a chupeta para prolongar o tempo entre as amamentações ou para tentar saciar a fome do bebé.

2. Garanta sempre uma higiene nasal adequada

Embora uma chupeta com geometria anatómico-funcional, como a Chicco PhysioForma, favoreça a posição da língua para a frente e para cima, criando uma condição ideal para a abertura das vias aéreas e, assim, favorecendo a respiração nasal fisiológica, ainda é importante garantir sempre a higiene nasal adequada do recém-nascido: realizar lavagens salinas, ajustando a quantidade de liquido e a posição da criança de acordo com a idade, para prevenir e tratar a rinite de forma a diminuir o risco de obstrução nasal com consequente tendência para a respiração oral.

3. Promover a posição de repouso natural da língua

Quando não está a falar ou a comer, os lábios estão fechados, a língua “em repouso” é posicionada alto e para a frente no palato com a ponta a descansar logo atrás dos incisivos superiores perto da primeira ruga palatina. Além de escolher uma chupeta anatómico-funcional para promover a posição natural da língua, é bom verificar a posição de repouso labial e lingual, na ausência de chupeta, tanto durante a vigília quanto durante o sono do bebé para verificar se esta posição é adequada. Também é aconselhável, na ausência de obstruções nasais, fechar a boca do bebé durante o sono, exercendo uma leve pressão sob o queixo para promover o posicionamento correto da língua no palato.  

Se a criança não mantiver uma postura labial e lingual adequada, além de um exame otorrinolaringológico para verificar eventuais obstruções respiratórias, uma avaliação fonoaudiológica é indicada para investigar uma possível alteração do frénulo lingual.

4. Diversifique estratégias e hábitos para relaxar o seu recém-nascido

Embora a chupeta seja considerada a principal ferramenta para acalmar o recém-nascido e facilitar o adormecer, é aconselhável que os pais também combinem outras estratégias para relaxar e promover o sono do bebé: tocar, balançar ou caminhar, atividades que estimulem o sistema vestibular, massagem, mudança de posição, voz. À medida que a criança cresce, esta também deve aprender a desenvolver, graças à ajuda e mediação dos pais, outros métodos para resolver eventuais crises emocionais. Ao adormecer, as crianças mais velhas deve estabelecer uma rotina de sono que inclua também outros momentos fixos, como a leitura de uma história ou uma canção de embalar. Quando chagar a hora, o abandono da chupeta será menos traumático.

5. Promover a sensibilidade oral

Para incentivar o desenvolvimento da sensibilidade intraoral correta nas crianças, é importante promover, desde os primeiros dias, a higiene oral das gengivas primeiro e depois dos dentes: em seguida, limpe a boca do bebé com gaze estéril ou escovas de silicone e, em seguida, passe para a escova de dentes quando aparecer o primeiro dente. Incentive os bebés a experimentar a boca: dê-lhes objetos seguros e diferentes em termos de material, textura, temperatura, como mordedores especialmente concebidos para crianças mais novas. Com o início do desmame, ofereça alimentos, de forma segura, com diferentes sabores, texturas, temperaturas e viscosidades.

6. Apoiar o desenvolvimento oro-motor durante o desmame

Com a introdução da alimentação complementar, a criança passa de um método de alimentação baseado na sucção para um método de mastigação, que é um ato oral mais maduro e requer um movimento vertical da língua em direção ao palato. Além de usar uma chupeta anatómico-funcional, é bom que as crianças sejam expostas prontamente a alimentos sólidos e, em casa, durante as refeições, ao uso do copo clássico. Tudo isto ajudará a promover movimentos orais mais maduros.

7. Promover e monitorizar a digestão adequada através da chupeta

É possível que o bebé manifeste o desejo de chuchar na chupeta após as refeições: esta necessidade deve ser considerada normal e fisiológica, uma vez que a sucção não nutritiva, que se expressa através de uma chupeta, é muito importante para a digestão dos recém-nascidos, pois estimula os tecidos em torno da base da língua a produzir enzimas úteis para a digestão. Se, no entanto, a criança também manifestar distúrbios gastrointestinais, é uma boa ideia entrar em contacto com o pediatra que aliviará eventuais alergias, intolerâncias ou a inadequação da dieta da criança.

8. Incentivar o intercâmbio comunicativo

Após 6 meses, com o início da fase de lalação primeiro e depois da linguagem, reduza a frequência do uso da chupeta durante o dia: em particular, limite o uso da chupeta durante as interações sociais da criança com adultos de referência, pois é nestas ocasiões que a linguagem é mais estimulada.

9. Prevenção da otite

É aconselhável limitar o uso da chupeta no todo ou em parte em caso de infeções recorrentes do ouvido. No entanto, a maior incidência de otite ocorre após os 2-3 anos de vida, a idade em que a chupeta é descontinuada. Para a prevenção da otite média aguda, é importante sublinhar que existem outros fatores de risco para o aparecimento desta condição patológica: de acordo com as diretrizes da SIP, Sociedade Italiana de Pediatria, é bom evitar a exposição ao fumo passivo, incentivar o aleitamento materno exclusivo e implementar medidas de higiene nas comunidades infantis.

10. Cuide da higiene e saúde oral

Esterilize sempre bem a chupeta, pelo menos nos primeiros 6-9 meses de vida, para reduzir o risco de infeções gastrointestinais e colonização oral por cândida. Se cair no chão, não devolva a chupeta à criança nem a limpe inserindo-a na sua própria boca. Não mergulhe a chupeta em adoçantes para reduzir o risco de cáries dentárias.  

Em geral, é uma boa ideia verificar sempre o estado da chupeta e substituí-la aos primeiros sinais de deterioração ou quebra. Por fim, lembramos que, se a chupeta for oferecida após o início da amamentação, o seu uso deve ser desencorajado a partir dos 2 anos de idade para pará-la completamente ao terceiro ano de idade.

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