Remédios contra os piolhos

O piolho da cabeça – Pediculus humanus capitis – que se aloja nos cabelos das crianças, é um parasita obrigatório, ou seja, só consegue sobreviver alimentando-se do sangue de um ser humano, que obtém através da picada no couro cabeludo. A comichão típica é causada por uma reação alérgica à saliva do inseto e surge algumas semanas após as primeiras picadas.

Os piolhos espalham-se muito rapidamente e não podem ser totalmente evitados, apenas limitados com comportamentos corretos. Um mito a desmistificar é que os piolhos estão ligados a uma falta de higiene. Na verdade, é o contrário, pois são os cabelos limpos que facilitam a fixação dos piolhos, onde depositam os ovos, ou lêndeas. Algumas características individuais, como o tipo de cabelo ou o odor da pele, fazem com que algumas crianças sejam mais propensas a apanhar piolhos do que outras.

Os piolhos sobrevivem cerca de um mês na cabeça e não mais de 2 dias no ambiente. Enquanto é difícil ver o inseto adulto, a menos que a infestação já esteja avançada, os seus ovos são bem visíveis e são depositados na raiz dos cabelos, especialmente na nuca e atrás das orelhas. São opalescentes, têm cerca de 1 mm de comprimento e uma forma alongada. A única prevenção eficaz é o controlo constante dos cabelos: de preferência à luz natural, com uma lupa e com a ajuda de um pente de dentes muito finos.

Uma vez ocorrida a infestação, para eliminar os piolhos é necessário realizar um tratamento antiparasitário, informando imediatamente a escola ou a creche para limitar ao máximo a sua propagação. Um enxaguamento com água e vinagre facilita a remoção das ovos. Também os irmãos, familiares e pessoas com quem houve contacto próximo devem ser tratados com o champô erradicante. O tratamento antiparasitário pode ser evitado se houver poucos ovos, removendo as lêndeas com um pente fino. Este procedimento deve ser repetido a cada 3-4 dias durante pelo menos 2 semanas.

Embora seja um parasita relativamente inofensivo, é necessário manter uma atenção constante: controlo e ação imediata ao surgimento das primeiras lêndeas ou parasitas são, portanto, a melhor estratégia para evitar uma infestação.