Introdução Alimentar

A introdução alimentar é uma etapa crucial no crescimento dos bebés e deve ser realizada de forma cuidadosa e adaptada às necessidades individuais de cada criança. Segundo a nutricionista Drª. Mariana Abecassis, este processo deve iniciar-se entre os 4 e os 6 meses de idade, respeitando os sinais de prontidão do bebé e promovendo uma alimentação equilibrada e diversificada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses sempre que possível. A partir desta fase, a introdução alimentar torna-se essencial, pois o leite materno, por si só, deixa de ser suficiente para suprir as necessidades nutricionais do bebé. O atraso na diversificação pode aumentar o risco de dificuldades alimentares, carências nutricionais e potenciais alergias.

• Para um inicio equilibrado, aconselha-se a introdução de purés de legumes, promovendo a aceitação de sabores não doces. As papas de cereais, lácteas ou não lácteas podem ser introduzidas entre os 4 e os 6 meses, devendo ser enriquecidas em ferro e isentas de açúcares e sal adicionados. A primeira papa pode ser sem glúten, mas é recomendável a introdução progressiva deste componente antes dos 6 meses para reduzir o risco de intolerâncias.

• A partir do sexto mês, é fundamenta incluir fontes de ferro, como carne e peixe, uma vez que as reservas de ferro do bebé (fornecidas pela mãe, no decorrer da gravidez) se esgotam. A ingestão simultânea de alimentos ricos em vitamina C, como os citrinos, favorece a absorção deste mineral.

• O consumo de sal e açúcar deve ser evitado até ao primeiro ano de vida e reduzido ao máximo nos primeiros anos, promovendo hábitos alimentares saudáveis desde a infância. Com a transição para a alimentação familiar a partir do primeiro ano, a escolha de alimentos frescos, locais e sazonais assume um papel essencial na criação de uma base nutricional equilibrada.